Sl. 6 (v. 4,5) – CLAME PELAS MISERICÓRDIAS DE DEUS EM TUAS AFLIÇÕES
O salmo que acabamos de ler é um pedido pela misericórdia de Deus. É uma oração diante de uma aflição.
Nós consideramos as orações um meio de graça. Por meio delas podemos nos dirigir a Deus e esperar o seu favor. Podemos falar com ele e ter as nossas aflições aliviadas.
O salmista Davi não nos diz exatamente qual era a aflição que o levou a fazer essa oração. Porém, nós temos algumas pistas.
1. A condição do salmista era de debilidade e fraqueza (v. 2 “Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado;”). Em sua oração ele pede que Deus o auxilie na sua fraqueza.
2. Ele desejava a cura de Deus sobre sua vida (v. 2 “sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados.”). Possivelmente alguma enfermidade lhe fazia vislumbrar a morte. No versículo 4,5 ele expressa o seu desejo que Deus o livre da morte.
3. Sua condição era humilhante e seus inimigos zombavam da sua condição. Perceba que se Deus o curasse seus inimigos seriam envergonhados (v. 10 “Sejam envergonhados... todos os meus inimigos.”).
Gostaria de me fundamentar nos versículos 4 e 5 desse salmo ao fazer a exposição. Neles somos ensinados a pedir a Deus pela sua louvável misericórdia em nossas vidas.
O que precisamos considerar ao clamarmos pelas misericórdias de Deus? Que atitudes o salmista no ensina a ter ao fazer o clamor por o auxílio divino?
Vejamos algumas atitudes imprescindíveis que o Salmista nos ensina ao clamar a Deus pela sua misericórdia em nossas aflições.
1. Lembre-se de quem é o Deus das tuas orações (v. 4 “Volta-te, Senhor,...”).
a. O Deus de Davi é o Deus de misericórdia (v. 2 “Tem compaixão de mim, Senhor,...”). O salmista roga a Deus que tenha compaixão de sua vida fragilizada. Ele sabe que Deus sabe se condoer com aqueles que estão enfraquecidos. Sua oração é que Deus o alcance com a cura que ele tanto necessita.
Precisamos nos lembrar de que Deus sabe das dores das nossas enfermidades. Ele sabe a onde dói e pode com a sua mão de misericórdia derramar a cura sobre as nossas feridas.
b. Além disso, o salmista sabe que Deus é soberano sobre o tempo e agirá no melhor momento (v. 3 “... mas tu, Senhor, até quando?”). Esperar perturba a alma. Ainda mais quando a dor não para. Dizer ao um enfermo que terá que aguentar um pouco mais é despejar um peso a mais em sua perturbação. O clamor do enfermo é urgente. O salmista sabe que o Senhor a quem ele se dirige tem um tempo determinado para agir sobre sua enfermidade.
Alguns aqui nessa noite talvez estejam aflitos porque querem a cura para sua enfermidade no seu tempo. Digo com compaixão: não aflija sua alma querendo ser mais sábio do que Deus. Apresente a Ele a tua necessidade e confie que ele agirá no devido tempo.
c. Também traga a sua memória que o Deus a quem você ora é gracioso (v. 4 “... salva-me pela tua graça.”). Ele age por fidelidade a si mesmo, e não espera nossa completa fidelidade para agir. Você não precisa fazer sacrifícios para que Deus te abençoe. Jesus já fez o sacrifício necessário para o teu bem. O salmista clama: “salva-me por tua graça”. Deus nos criou para ser dependentes dele. Mesmo se não tivéssemos pecado em Adão, seriamos dependentes dele. Uma vez que somos pecadores carecemos ainda mais dele.
Portanto, rogue o favor de Deus sobre sua situação. Mostre a ele que você espera o agir de sua graça.
d. Ainda há um lembrete acerca do Deus a quem você ora: Deus ouve as tuas orações. O salmista não tem dúvidas de que é Deus quem ouve o seu clamor. Ele diz: “o Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor acolhe a minha oração” (v. 9). Sabemos disso não porque obtermos o que desejamos de Deus, mas por causa da fé. A fé nos garante que ele está tomando em suas mãos cada uma das orações que fazemos. Quando Paulo orou a Deus e pediu que o seu “espinho na carne” fosse tirado ele não teve o seu desejo respondido. O espinho continuou nele. Contudo, ele pôde entender a resposta de Deus às suas orações (1 Co. 12.9).
Leve o teu coração a reagir com confiança em Deus quando orar. Deus não está surdo ao que você tem pedido. Ele nos deu o seu Espírito para nos socorrer em nossas orações (Rm. 8.26 “Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”).
Clame insistentemente pelas misericórdias do Deus verdadeiro sobre a sua vida.
O salmista Davi ainda nos mostra uma segunda atitude que precisamos ter ao clamar pelas misericórdias de Deus.
2. Não deixe de pedir o socorro de Deus (v. 4 “Volta-te, Senhor, e socorre-me;”).
a. Nossas fraquezas devem nos impulsionar a rogar pela ajuda do Pai. Quanto mais debilitados e fracos mais propícios nos tornamos a experimentar a mão de Deus. O salmista ora para que Deus volte os seus ouvidos a oração que ele faz em sua fraqueza: “Volta-te Senhor e socorre-me”. Muitas vezes não é esse o clamor que fazemos quando estamos abatidos. Fazemos planos, buscamos ajuda dos homens, maquiamos nossas fraquezas. Porém, Deus está pronto a socorrer o que se inclina em completa dependência. Essa é a humildade que move a mão de Deus: “Volta-te Senhor e socorro-me.”.
b. Não deixe de clamar o socorro de Deus, pois em nossa perturbação precisamos aprender a esperar em Deus (v. 3 “... mas tu, Senhor, até quando?”). A demora de Deus em responder à oração é uma lição que requer reflexão. Saber esperar o agir de Deus nos amadurece entregando a ele o senhorio sobre o tempo. Talvez você esteja pensando e desistir de clamar a Deus. Talvez diga: “a tanto tempo que clamo pela misericórdia de Deus e não vejo resultado”.
Gostaria que você soubesse que a tua desistência de clamar a Deus é um evidência de que Deus seu coração ainda não aceitou que Deus é senhor sobre o tempo de sua vida. Clame de manhã, de tarde e de noite. O tempo de Deus é o melhor e você precisa confiar no agir dele.
Peça a Deus que te alcance com a sua misericórdia enquanto você tem vida para louvá-lo. Nunca desista de pedir a Ele.
Por fim, Davi nos ensina ainda outra atitude que precisamos ter quando clamamos a Deus pela sua misericórdia.
3. Deseje louvar a Deus pelo livramento que ele pode te dar (v. 5 “Pois, na morte, não há recordação em ti; no sepulcro, quem te dará louvor?”).
a. Deus nos dá a sua misericórdia para que em vida possamos exaltá-lo. O salmista sabia que na sepultura (hb. “Seol”) o louvor a Deus não pode ser dado diante dos homens. Ele quer se alcançado pela compaixão de Deus para que sua vida seja um reconhecimento da grandeza e do poder de Deus.
Será que é esse o motivo pelo qual temos orado a Deus pela cura? Será que desejamos de coração que o nome de Deus seja conhecido pelo livramento da diabetes, das dores da coluna, do câncer? O nosso clamor precisa ser motivado pelo louvor ao nome do nosso Deus.
b. Deus envergonha os inimigos dando misericórdia aos seus servos. O salmista termina o salmo clamando pela vergonha dos seus inimigos (v. 10 “Sejam envergonhados e fiquem extremamente perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, num instante, cobertos de vergonha.”). A resposta à oração que ele fazia envergonhariam aqueles que almejavamm o seu fim. O livramento e a cura de Deus calaria o escárnio daqueles que zombavam da condição do salmista em sua aflição. Deus sabem da humilhação que sofrem aqueles que são zombados por causa das suas debilidades físicas. O salmista espera que Deus feche a boca dos zombadores através da graça concedida a sua vida.
Os zombadores de tua vida estão com os dias contados. Eles serão envergonhados na revelação de Cristo. Quando Jesus vier e nos dá um novo corpo, eles verão a glória de Deus em nós e serão eternamente envergonhados.
CONCLUSÃO
Meus queridos irmãos, não nos cansemos de pedir ao Deus verdadeiro a sua misericórdia. A palavra de Deus hoje é para que você persista em clamar pela misericórdia de Deus em tua vida.
Deus é compassivo e sabe do que você tem sofrido. Ele sabe do pecado que te atormenta, de como a tua alma precisa ser curada. Ele nos Deu seu Filho Jesus para que as nossas orações não fossem vãs.
Portanto, peçamos a ele que nos mostre a sua misericórdia em Cristo Jesus e nós o louvaremos hoje e eternamente o Deus misericordioso que nos salvou.
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