A Bíblia é a sua intérprete por excelência. Isso implica que ao buscar o significado de uma passagem bíblica devemos observar o que toda a Escritura têm a dizer sobre o assunto em foco. Essa é uma regra fundamental da interpretação bíblica e ninguém pode prencidir dela sem correr o risco de falar uma heresia.
O expositor das Escrituras pode usar outras passagens fora da perícope da sua pregação. A aplicação desse princípio depende da clareza da passagem que será pregada.
Há textos bíblicos que não precisam de muitas explicações para a compreensão. Contudo, nem todos são tão claros assim. O escritor bíblico recolhece isso ao dizer:
"E considerem a longanimidade do nosso Senhor como oportunidade de salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar a respeito destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas cartas. Nelas há certas coisas difíceis de entender, que aqueles que não têm instrução e são instáveis deturparão, como também deturparão as demais Escrituras, para a própria destruição deles." (2Pedro 3:15-16 - grifo nosso).
Ao fazer uso de outros textos na sua exposição tenha em mente algumas questões:
1. O texto fora da perícope lança luz sobre o texto escuro da sua pregação?
Um texto fora da passagem deve ser usado para corroborar ou elucidar uma passagem da sua pregação.
Observe que as epístolas, por exemplo, são comentários teológicos das narrativas bíblicas. Elas servem como lanterna para clarear conceitos obscurecidos.
Os pregadores iniciantes muitas vezes erram ao fazer uso de texto fora da perícope porque não relacionam da forma correta o texto citado com a passagem da sua exposição.
Eles acabam puxando outro assunto a partir da passagem citada, perdendo a ligação entre as partes.
O pregador deve ter o cuidado de mostrar o significado do texto da sua exposição à luz de outras passagens.
2. O significado da passagem da perícope se harmoniza com o significado de outros textos bíblicos?
A Bíblia tem um só autor, Deus. Sendo assim, o que é dito em uma parte não pode ser contradito em outra.
Levando em consideração que nada pode ser e não ser ao mesmo tempo, a interpretação de uma passagem requer atenção ao que outras passagens dizem.
O pregador deve mostrar a harmonia entre as partes. Você pode fazer isso fazendo relação entre os conceitos e/ou palavras de um texto.
Por exemplo: você pode expor a ideia de justificação em Rm. 5.1 e Gl. 2.16. Nessas passagens buscamos saber se os conceitos usados por Paulo são os mesmos. Observe o contexto e veja como um lança entendimento sobre o outro.
Você também pode fazer a correlação de palavras. Nesse caso você deve observar o uso das palavras.
A frequência no uso de um termo pode servir para mostrar porque o escritor decidiu usar aquela palavra, e não outra.
Paulo usou a expressão "justificados" (gr. "Dikaioo") em Rm. 5.1. Veja quantas vezes o termo aparece e note o entendimento que o apóstolo deseja transmitir quando utiliza a expressão.
E recomendável fazer a correlação de conceito e palavras juntas.
Portanto, use sempre que achar necessário outras passagens para elucidar o passagem da sua exposição. Tenha em mente que todo texto citado fora da perícope deve está em função da interpretação de algum conceito ou palavra da passagem da sua exposição.
Correlacione conceitos e palavras em sua pregação e isso ajudará muito na sua compreensão e na compreensão dos seus ouvintes.
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Foi de muita ajuda esse artigo, pois estava com muita dúvida
ResponderExcluirQue bom! Esse é o nosso objetivo.
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